Ramos do escotismo brasileiro.
Entre os 6,5 e os 10 anos, somos lobinhos. Aprendemos muito sobre a vida em meio à natureza, a viver em grupo e desenvolvemos nossa liderança. “O livro da Jângal”, que retrata as aventuras de Mowgli, o menino lobo, é o que inspira a organização do Ramo Lobinho – juntos, formamos uma alcateia, que é dividida em pequenos grupos chamados matilhas.
Com esses amigos, fazemos jogos, brincadeiras, vivemos aventuras, aprendemos sobre a importância da boa ação diária e ainda somos incentivados a fazer sempre o nosso Melhor Possível; esse inclusive é o nosso lema.
Entre os 11 e 14 anos, fazemos parte do Ramo Escoteiro – somos patrulhas de 5 a 8 jovens, de meninos e meninas, que juntas formam uma tropa. Aqui, além de trabalhar em equipe e entender a importância de respeitar a natureza, aprendemos diversas coisas que nos deixam mais confiantes e decididos. Cada patrulha tem seu próprio bastão e bandeirola, onde gravamos lembranças marcantes de nossa experiência juntos, assim como o livro de patrulha, que tem todas as informações sobre os membros e fotografias das nossas ações. Elegemos um monitor, que age como um líder dentro de nosso grupo, e desenvolvemos algumas atividades por conta própria, como ir ao cinema, jogar algum jogo, etc.
Atividades como acampamentos e excursões fazem parte da nossa vivência no Ramo Escoteiro, sempre com o acompanhamento de adultos. Com nosso lema “Sempre Alerta”, estamos interessados em descobrir coisas novas e estar cercados de amigos.
O Ramo Sênior é formado por jovens com idades entre 15 e 17 anos, e nos incentiva a superar nossos próprios desafios! Nós já nos conhecemos melhor, aceitamos nossas características e as diferenças de um jeito mais simples, e estamos entendendo melhor nossa própria personalidade.
Com a tropa sênior vivemos verdadeiras aventuras: fazemos rapel, navegamos, acampamos por vários dias, fazemos trilhas e escaladas, aprendemos jogos e atividades mais desafiadoras e somos incentivados a superar obstáculos.
A partir dos 18 anos, e até os 21 incompletos, integramos o Ramo Pioneiro. Nossa equipe forma o clã, e é onde nos apoiamos e descobrimos interesses em comum. Levamos a sério nosso lema “Servir”, já que vivemos uma aventura que não é mais simbólica ou imaginária, pois experimentamos o papel real do adulto por meio do serviço e das atividades de desenvolvimento comunitário.
O cotidiano no clã nos dá bastante liberdade, mas já estamos cientes da responsabilidade que isso traz – somos nós que organizamos nossas próprias atividades. Esse é o período em que entramos na vida adulta, e estamos concluindo a formação de nossos valores e princípios.
Mesmo estando no clã, já podemos participar como adultos voluntários em outros Ramos atuar ativamente em nossas comunidades. Prestes a completar 21 anos, é chegada a hora de encerrar nossa caminhada como jovem no Movimento Escoteiro. A Cerimônia de Partida marca essa etapa, que pode ser seguida pela vida escoteira no papel de voluntário, como escotista ou dirigente.
A partir dos 21 anos, qualquer pessoa pode atuar como voluntário em um grupo escoteiro, sem limite máximo de idade. Para isso, basta ter disponibilidade aos sábados, poder dedicar-se ao preparo das atividades (duas horas por semana, em média), adorar o contato com a natureza, com crianças, adolescentes e jovens e compartilhar de nossos Princípios e Valores.
O voluntário, seja escotista (que atua diretamente com os jovens) ou dirigente (que trabalha na administração do grupo escoteiro), é o elo entre a teoria e a prática. É ele quem incentiva e acompanha o desenvolvimento de cada jovem, quem prepara as atividades de forma que os escoteiros se sintam motivados e desafiados. O adulto é a ferramenta pela qual o Escotismo acontece, e que possibilita que o jovem seja o protagonista e o foco de nosso Movimento.
Para efetuar o Registro Escoteiro, todos os voluntários precisam realizar o Curso de Proteção Infantojuvenil. O processo de formação, em que o adulto se dedica a conhecer mais profundamente cada Ramo, acontece no decorrer de sua vida escoteira, sendo indispensável a realização de cursos e leituras.